Colaborou o editor Cássio Peixoto
Com a desistência da deputada estadual Carla Machado, o PT de Campos perde seu maior nome para a disputa da prefeitura. A deputada afirmou que não quer entrar em uma disputa que pode ser impugnada pelo TSE, já que seu nome está, desde o início, envolvido na tese do prefeito itinerante. Com isso, o Partido do Trabalhadores fica com menos de 1% das intenções de voto para o pleito deste ano.
A parlamentar afirmou na última quarta-feira (26) em suas redes sociais, que aceitou o convite do deputado e presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar, para entrar na disputa da prefeitura em Campos, mas prefere seguir no seu mandato e esperar uma melhor oportunidade.
Com quase 20% das intenções de voto, divulgada na última pesquisa, Carla era a única candidata que ameaçou o prefeito Wladimir Garotinho, que está com mais de 50% das intenções de voto. A delegada Madeleine Dickeman, o nome oficial dos Bacellar, está com pouco mais de 6% das intenções de voto. Os indecisos somam 31,3% e brancos e nulos, somam 39,4%.
Quem mais perde com a desistência de Carla é o PT. O Partido dos Trabalhadores fica sem seu maior nome e agora vai escolher entre o professor Jefferson Azevedo e o sindicalista Hélio Anomal na convenção do partido. A última pesquisa colocou Jefferson com 0,6% na preferência popular. Seu nome não encontra problemas dentro da legenda, mas não parece emplacar entre a população, mesmo nos setores da esquerda campista.
O desafio do PT campista, é agora ainda maior: ganhar protagonismo em uma cidade essencialmente conservadora e de direita e conquistar votos para empurrar as eleições para o segundo turno, o que se depender apenas do PT e da esquerda de Campos, é uma tarefa extremamente difícil.