Se a esquerda de Campos está muito longe de conseguir uma cadeira na Câmara Municipal, a direita não vive seus melhores dias. Embora a Câmara siga sendo de maioria conservadora, e de direita, vários candidatos apoiados pela extrema direita ficaram pelo caminho, outros perderam assentos e alguns terão que brigar por espaço, já que a polarização dentro da direita se mostrou uma constante durantes as eleições.
Durante o pleito, a direita em Campos se viu dividida entre os candidatos que apoiaram Wladimir Garotinho, e outros que apoiaram a Delegada Madeleine e o grupo dos Bacellar. Para muito, e principalmente para a base da direita na cidade, Madeleine foi a verdadeira candidata abençoada pela direita, e por conseguinte, pelo Bolsonarismo. A polarização e a divisão no entanto, não ajudou, e nessa queda de braço, venceu quem ficou do lado do governo.
Abraçado pela direita, o vereador Helinho Nahim não conseguiu se reeleger. Foi mais um dos vereadores de oposição que perderam a vaga no legislativo. Nahim obteve 2.050 votos, resultado que não o manteve na Câmara para 2025. Outros candidatos reconhecidamente de direita, como o irmão de CVC, Patrick Carvalho, que obteve 927 votos; a publicitária Érica Viana, que obteve apenas 109 votos; e o Professor Ralph, do PMB, que conquistou 339 votos, não chegaram perto de um assento no legislativo.
A maioria das vagas do legislativo, no entanto, ficou com candidatos de partidos de centro direita, e legendas fisiológicas do Centrão, e é claro, partidos da base do governo. O Partido Progressista (PP), partido do prefeito Wladiir Garotinho fez sete vereadores, a maior bancada da Câmara. Aliado de Garotinho, o MDB conquistou três vagas. O PDT, também base do governo dos Garotinhos, conquistou outras três vagas. O PL, partido do presidente Bolsonaro e que causou reboliço no campo da direita pelo apoio a Wladimir, conquistou somente duas cadeiras. O Republicanos, braço político da Igreja Universal, e também da base do governo, fez duas cadeiras. O Podemos, outro aliado, fez somente duas cadeiras.
Restou para a oposição apenas seis vagas. O União Brasil, de Marquinho Bacellar fez, além dele, apenas mais um nome. O PMB, que pretende ser oposição ao governo Garotinho em 2025, fez apenas uma cadeira. O Solidariedade conta com dois assentos para 2025 e o PSD com apenas um.
Entre os vereadores que perderam seus mandatos para 2025 estão Igor Pereira, Bruno Vianna, Beto Abençoado, Tony Siqueira, Fred Machado, Jorginho Virgílio e o já citado, Helinho Nahim.
O legislativo de Campos para 2025, segue a mesma premissa, porém com uma esmagadora maioria governista e com a direita dividida entre o apoio ao prefeito de Campos e a “direita raiz” que rechaça os Garotinhos mas agora, tem pouquíssimas representações no legislativo.