O Estádio Ary de Oliveira e Souza, casa do Goytacaz Futebol Clube, será novamente leiloado. Mesmo após o tombamento, o local passará por uma nova rodada de leilões para pagamento de dívidas trabalhistas.
O primeiro leilão acontecerá em 3 de dezembro, com término previsto para o dia 10 do mesmo mês. Se o estádio não for arrematado, um novo leilão começará no mesmo dia (10) e irá até o dia seguinte, 11 de dezembro. O lance inicial é de R$ 26.077.000,00. O lance para uma possível segunda rodada é de R$ 13.038.500,00.
Sérgio Alves, atual gestor do clube, afirmou que o Goytacaz ainda não recebeu nenhum comunicado oficial, mas que a sua gestão está disposta a negociar com todos os credores que surgirem. “Entramos em contato com o credor dessa ação, queremos negociar. Ele trabalhou, não recebeu e tem direito de receber pelo tempo que esteve no clube. Queremos negociar dentro de nossas condições, e não vamos prometer algo que não podemos cumprir, queremos pagar e o credor receber o que lhe é de direito”, afirmou Sérgio.
Sérgio disse ainda que tentará o embargo do leilão, pois discorda dos valores acertados. “Tentaremos o embargo. Esses valores, para nós, não contemplam o valor do nosso patrimônio. Se isso prosseguir, tentaremos”, destacou.
Direção – Embora a justiça tenha determinado o retorno de Rodolfo Laterça, à direção do clube, o antigo gestor ainda não foi ao clube para tomar posse. Sérgio declarou que segue cuidando do passivo do clube e mantendo o Goytacaz funcionando. “Estamos aguardando, já faz quarenta dias e ainda não apareceram para tomar posse”, explicou Sérgio.
Credor – O credor da vez é o jornalista Yan Tavares. Apaixonado pelo Goytacaz, Yan lamenta o imbróglio, mas afirma que não teve outra alternativa a não ser acionar a justiça. “Tentamos negociar antes e não tivemos sucesso. O Sérgio conversou comigo por telefone, foi muito educado e da minha parte existe a intenção de sentar e negociar os valores. Com a antiga diretoria esse acordo é impossível, mas posso sim conversar com essa nova gestão”, destacou Yan.
O jornalista trabalhou no clube no período de abril de 2019 a maio de 2020, e só recebeu salários referentes a um mês de trabalho. “Esse processo é uma ação conjunta, são vários credores. A cada movimentação um nome deve aparecer. Dessa vez foi o meu, mas não sou o único credor”, explicou Yan Tavares.
Mesmo com o tombamento realizado pelo Coppam, e a lei nº 0082/2024, de autoria do parlamentar Raphael de Thuin, que impede possíveis construções no Estádio do Goytacaz, o Aryzão pode ser vendido, reformado ou até mesmo demolido. Para que isso aconteça, seriam necessárias a permissão da Câmara Municipal para qualquer edificação no local, e um pagamento de multa referente ao tombamento do estádio. Em ambos os casos seriam necessárias negociações com os órgãos. O tombamento feito pelo Coppam impede a demolição do patrimônio, se essa por acaso acontecer, uma multa deve ser paga ao Ministério Público.